8.26.2012

UM CIDADÃO COMUM DUM CANTINHO DO PLANETA ou ANTES DE PENSAR EM TIRAR, VAI TOMAR NO SEU COCCIX!


Criolo é o cara que levou a favela em uma turnê internacional, e tomou de assalto as plateias de Londres, Roma, Milão, Paris, Roskilde, Los Angeles e Nova York.

Criolo é o cara que renasceu das cinzas, com um dos discos mais importantes de 2011, ‘Nó na Orelha’. O cara que ia parar de cantar, mas voltou com força total, amparado na produção de Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral.

A primeira parada da turnê internacional foi em Londres, onde ele fez um show na companhia ilustre de Mulatu Astatke. Em tempo, o próprio Criolo cita o criador do Ethio Jazz na canção ‘Mariô’, “atitudes de amor devemos samplear, Mulatu Astatke e Fela Kuti escutar”. Bem que esses shows podiam vazar, né? Mas as gravações de ‘Mariô’ e ‘Netsanet’ para a rádio BBC, foram ripadas do youtube e disponibilizadas nesta postagem – abaixo de todos os 13 mini-documentários dessa turnê internacional.

Em Paris, a participação de Baloji alegrou o Cabaret Sauvage. Já em Milão, a chuva atrapalhou o show, mas a banda fez uma apresentação intimista dentro de um restaurante. De volta a Londres, Criolo convidou para cantar o chef de cozinha argeliano Rabah Domquishoot e o MC Prankster de Trinidad e Tobago, para juntos comungarem a união de seres humanos de culturas tão distintas através do hip-hop.

Assista os vídeos e “antes de pensar em tirar, vai tomar no seu cóccix”!







































2012 Criolo + Mulatu Astatke Live BBC

1. Mariô
2. Netsanet

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8.19.2012

O TEMPO LEVA PRA PASSAR O TEMPO QUE O TEMPO LEVA PRA PASSAR

Recém lançado, o novo álbum da Orquestra Contemporânea de Olinda, ‘Pra Ficar’, já alcançou mais de cinco mil downloads gratuitos pelo site da banda.

Após o lançamento do primeiro disco em 2008, a Orquestra Contemporânea de Olinda tocou em diversos cantos do país, arregimentando uma lista de fiéis seguidores, que aguardavam ansiosamente um novo trabalho, alardeado no inicio do ano com a produção de Arto Lindsay.

A obra começa com ‘No ar’, onde a característica e inconfundível metaleira com sotaque pernambucano propõe uma linha melódica que fica entre o frevo e a fanfarra cigana dos Bálcãs. Segue-se a belíssima ‘De leve’, que entrega uma simples poesia como um “barco no mar”.

‘Falar pra ficar’, ‘Mar azul’ e ‘Além mar’ mostram todo o poder melódico da banda. ‘Suor da cidade’ já havia sido lançada como single no ano passado, mas aqui numa versão ligeiramente diferente – uma das melhores do disco.

A Orquestra Contemporânea de Olinda entrega um disco, que ao invés de remeter ao passado, nos leva direto aos arranjos futurísticos, que misturam estilos e influências num caldeirão que ferve ao som dos metais. Vale destacar também faixas como ‘Do bem’, ‘Boneco gigante’e ‘Voz de dentro’, que mostram um lado bem mais pop da banda.

‘Toda massa’ e ‘Janela’ apresentam o que a banda faz de melhor, o bom e velho frevo olindense, que até parece nos levar direto ao carnaval da cidade. Um disco que demorou três anos para ser lançado, mas mostrou bem que "o tempo que leva pra passar é mesmo o tempo que o tempo leva pra passar". Imperdível!

2012 Pra Ficar

1. No ar
2. De leve
3. Falar pra ficar
4. Mar azul
5. Além mar
6. Suor da cidade
7. Viver o que falta viver
8. Do bem
9. Boneco gigante
10. Voz de dentro
11. Toda massa
12. Janela

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8.12.2012

SEM NOSTALGIA DE SER REMIXADO

O álbum de Lucas Santtana, ‘Sem Nostalgia’ lançado em 2009, foi pensado e concebido para subverter o velho e eficiente formato de voz e violão, introduzindo também ambiências, efeitos e samples acústicos de famosos hiffs violônicos de Dorival Caymmi a Baden Powell.

Um disco bem sucedido em desconstruir o conceito acústico, e que já pode muito bem ser considerado como um dos mais importantes discos brasileiros da primeira década dos anos 2000.

O ‘Sem Nostalgia’ foi lançado na Europa apenas em 2011 e agora está sendo lançado com versões remixadas por gente como Rodrigo Brandão, Deerhoof, Burnt Friedman, JD Twitch, DJ iZem, El Buho, A.J. Holmes e Stuttgart, entre outros.

Destaque para as versões de ‘Amor em Jacumã’ de A.J. Holmes, ‘Cira, Regina e Nana’ de M. Takara e a versão funk-quebradeira de João Brasil para ‘Who can say wich way’.

2012 Remix Nostalgia

1. Cira, Regina e Nana (M. Takara 3 remix)
2. Night-time in the backyard (Deerhoof John Dieterich remix)
3. Cá pra nós (Burnt Friedman remix)
4. Super violão mashup (Lucas Santtana's Monome remix)
5. Who can say which way (João Brasil's baile funk montage)
6. Cira, Regina e Nana (a JD Twitch Optimo mix)
7. Super violao mashup (Rodrigo Brandão & Embolex remix)
8. Hold me in (DJ iZem remix)
9. Cá pra nós (El Buho remix)
10. Amor em Jacumã (A.J. Holmes remix feat. Mariana Rabello Pinho)
11. Cira, Regina e Nana (Stuttgart version)
12. Recado para Pio Lobato (Agnya, H-Tenza & Phiorio remix)

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8.05.2012

UM TANTO DE TUDO DA TULIPA RUIZ

O segundo disco de Tulipa Ruiz vazou pelas mãos da própria artista. ‘Tudo Tanto’ segue a mesma linha de ‘Efêmera’ e ainda consegue ser melhor que o antecessor. Com produção do irmão, Gustavo Ruiz, Tulipa mostra belas composições, recheadas de concretismo pop-art.

O álbum abre com ‘É’, para deixar bem claro a que veio Tulipa com essa obra. “Pode ser e é”, enfatiza ela. ‘Ok’ é uma daquelas baladinhas que enaltecem as características vocais da cantora, e convenhamos, tem a cara da Tulipa. ‘Quando eu achar’ é quase um reggae-slow-ska que encerra com aliterações onomatopéicas.

‘Like this’ tem Daniel Ganjaman nos sintetizadores e a cantora divide a marcação vocalize com a guitarra sempre eficiente do pai Luiz Chagas. Uma bossa nova surgiu em ‘Desinibida’, com uma guitarrinha lap steel de Kassin, e um piano rhodes de Donatinho, que também aparecem em ‘Script’, além de Rafael Castro na guitarra e Dudu Tsuda no moog.

‘Dois cafés’ traz a especialíssima participação de Lulu Santos nos vocais e na guitarra slide, uma canção pop pós-calypso. ‘Expectativa’ tem parentesco próximo com o disco de estreia da cantora, um pop dançante de levada simples, composta em parceria com o irmão. A canção ‘Bom’ ressalta o arranjo de cordas e madeiras de Jacques Mathias.

‘Víbora’ é um slow-blues rasgado composto junto com Criolo e a banda, Gustavo Ruiz e Luiz Chagas nas cordas e Caio Lopes na bateria. Destaque para a bela letra e os gritos ensandecidos de Tulipa encarnando uma Janis Joplin tupiniquim. O disco encerra com ‘Cada voz’, numa explosão catártica de metais e guitarras com efeitos.

O disco novo da Tulipa é como uma evolução, uma continuação, como se fosse a parte dois de um filme de sucesso, mais ação, mais risos, mais romance, mais tudo... Para agradar tanto aos novos ouvintes quanto aos já iniciados.

2012 Tudo Tanto

1. É
2. Ok
3. Quando eu achar
4. Like this
5. Desinibida
6. Script
7. Dois cafés
8. Expectativa
9. Bom
10. Víbora
11. Cada voz

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