5.26.2013

EMÍLIA CHEIA DE GRAÇA

'Cheia de Graça' é o nome do disco de estréia da cantora Emília Monteiro, nascida no Amapá e radicada em Brasília.
Emilia Monteiro começou no teatro atuando e cantando nos musicais de Deto Montenegro, pela 'Companhia dos Menestréis'. O álbum 'Cheia de Graça' nasceu de suas lembranças afetivas e familiares com os ritmos do norte.

No disco, Emilia faz reverencias aos diversos ritmos da região Amazônica, como batuque, marabaixo, lundu, carimbó, cumbia, carimbó chamegado, guitarrada e zouk love. 'Mandacarú' abre o álbum trazendo a modernidade ao batuque-jazz.

Com produção de João Ferreira e Rodrigo Campello em duas faixas, o disco ainda traz a participação especial de Dona Onete no zouk-love 'Veneno de cobra' e no carimbó chamegado 'Eu quero esse moreno pra mim'. 'Mal de amor' tem um balanço bom do marabaixo.

O carimbó 'Coisinha' e a balada 'Descalço' foram produzidas por Rodrigo Campello, produtor de gente como Roberta Sá e Ney Matogrosso. 'Córrego rico' foi composta por Ellen Oléria e representa uma história muito especial para ela. “Quando mostrei essa música para a Emília, ela chorou. Mas lá em casa todo mundo ri de ouvir essa canção, porque nela eu uso o cotidiano do convívio famíliar”, ressalta Ellen.

'Mãe e só' é uma pérola, que ressalta a força de todas as mães guerrilheiras do mundo. Um verdadeiro hino para todos os dias das mães. A canção que dá nome ao disco, 'Cheia de graça' também foi composta por outra cantora brasiliense, Angela Brandão. Faixa de balanço caboverdiano, quase um fado.

O lundu 'Meus ventos', a balada-jazz 'Mais eu' e o batuque 'Mão de couro', com participação do mestre da guitarrada Aldo Sena, encerram o disco. Um álbum apaixonante com interpretação singular de Emília Monteiro.

2013 Cheia de Graça

1. Mandacaru
2. Veneno de cobra
3. Mal de amor
4. Coisinha
5. Descalço
6. Córrego rico
7. Eu quero esse moreno pra mim
8. Mãe e só
9. Cheia de graça
10. Meus ventos
11. Mais eu
12. Mão de couro

5.19.2013

AS CABEÇAS DA ORQUESTRA DE CABEÇA

Banda sergipana mistura elementos de ritmos tradicionais com elementos eletrônicos e faz um som contagiante.

     

A banda 'Coutto Orquestra de Cabeça' é uma micro-big-band, que faz uma 'eletrofanfarra' onde mistura ritmos como a cumbia, tango, milonga, valsa, forró, marcha, fanfarra etc com samples e batidas eletrônicas – dai o nome que vai batizar o primeiro álbum, 'Eletrofanfarra'.

Previsto para ser lançado neste mesmo ano, o disco vem sendo gravado pela banda, após muito trabalho ao vivo nas feiras musicais, que acontecem em vários lugares do país, como o 'Porto Musical', onde receberam muitos elogios da crítica especializada.

Quem não pode vê-los em carne e osso, saiba que é possível baixar o EP de divulgação, 'Aratu Milonga', uma ótima oportunidade de conhecer a mistura dançante feita por Alisson Coutto (trombone, vocais e samples), Fabinho Espinhaço (bateria), Rafael Ramos (contrabaixo, vocais e teclados) e Vinicius Bigjohn (acordeon, teclados e vocais).

O EP foi lançado em 2012 e apresenta cumbia com forró em 'Juanita', tango sensorial com 'Cordélia', xaxado com milongas mais batidas eletrônicas em 'Loreta Boutique' e valsa com 'Routine' e 'A flor', que támbém abre o disco apresentando influências do leste Europeu.

Um som imperdível para quem gosta de música de qualidade.

2012 Aratu Milonga EP

1. A flor
2. Routine
3. Cordélia
4. Loreta boutique
5. Juanita

5.12.2013

O SANTO-GUERREIRO TOM ZÉ NA TERRA DA IRARÁ-COLA

Repercussão na internet ao comercial de refrigerante narrado por Tom Zé, gera compacto inspirado do cantor com diversas participações especiais.


Tudo começou quando foi ao ar o comercial da Coca-Cola, onde o Tom Zé narrava o texto enaltecedor do anúncio. Uma propaganda que revisava a paixão do brasileiro ao futebol e refletia sobre a realização do Mundial de Futebol, em 2014. Muita gente criticou essa atuação na peça publicitária, utilizando postagens (muitas vezes ofensivas) nas redes sociais, mais predominatemente pelo feicibuqui.

Tom Zé replicou as críticas e explicou usaria o lucro em investinto em suas experiências musicais – porque ele sempre as fez, mas agora teria respaldo e capital de giro. Naquele pedido de desculpas, o artista abriu o coração e transpareceu ao público. Além de ter dado mais crédito à mal-falada Coca-Cola, com narração otimista e legitimadora, Tom Zé ainda submetia o orçamento pessoal à aprovação pública.

Mas o assunto não morreu ai... Tom Zé, começou a postar em seu blog, uma contagem regressiva para um nascimento.... Nessas narrativas, o cantor comentava diversos nascimentos históricos ou fictícios entre outros assuntos, como a experiência teatral com o espetáculo icônico 'Arena canta Bahia' e episódios da época de ostracismo – final dos anos 70 e toda a década de 80. Mas quem nasceria?

Nasceu o disco 'Imprensa Cantada (Segunda Edição) – Tribunal do Feicibuqui', proposto por Marcus Preto, como resposta ainda mais concisa que o extrato das intenções de Tom Zé. Com participações especiais de EMICIDA, O Terno, Filarmônica de Passárgada, Trupe de Chá de Boldo e Tatá Aeroplano.

Impossível não se render a genialidade, maravilhosidade, sensacionalidade e todas outras idades de Tom Zé, na terra da Irará-Cola.

Imprensa Cantada (Segunda Edição) – Tribunal do Feicibuqui

1. Tom Zé mané
2. Zé a zero
3. Taí
4. Papa Francisco perdoa Tom Zé
5. Irará Iralá

5.05.2013

O NOME DELA É KAROL CONKÁ

Karol Conká representa o universo feminino dentro do hip hop, uma seara cada vez mais dominada por outras grandes mulheres, como Flora Matos, Livia Cruz, Lurdez da Luz e muitas outras.


'Batuk Freak' é o mais recente trabalho de Karol Conká. Um álbum de rap com produção caprichada de Nave e canções cada vez mais melódicas por cima das rimas rápidas e certeiras da cantora. O disco também faz referência a ritmos tradicionais do cancioneiro popular brasileiro.

Canções que misturam o batidão com programações eletrônicas e ritmos brasileiros como samba-reggae em 'Gueto ao luxo', embolada em 'Vô lá' e 'Boa noite' (sampleada por Chico Science em 'A cidade'), funk-carioca em 'Caxambu', pifes em 'Gandaia' e batuque em 'Corre, corre Erê'. Mas outras faixas também remetem a gêneros como reggae em 'Sandália' com parceria de Rincón Sapiência, dubstep em 'Mundo louco', batidas estilo anos 80 em 'Olhe-se' com MC Tuty e baladas como 'Que delícia' e 'Bate a poeira'.

Um disco essencial para entender a transformação atual do rap brasileiro, com cada vez mais referências aos ritmos e aos ricos estilos da música brasileira e internacional.

2013 Batuk Freak

1. Corre, corre Erê
2. Gueto ao luxo
3. Vô lá
4. Gandaia
5. Você não vai
6. Bate a poeira
7. Sandália (& Rincón Sapiência)
8. Mundo louco
9. Que delícia
10. Olhe-se (& Tuty)
11. Boa noite
12. Caxambu