11.26.2007

ELE É O AMIGO DO AMIGO DO AMIGO DO AMIGO DO AMIGO

Vamos dar um tempo na sonoridade das bandas do Planalto Central, pois o Eu Ovo vai apresentar, ou reapresentar o som de Skowa e a Máfia, graças ao amigo do (((Solidown))) que disponibilizou o segundo disco.

Marco Antônio Gonçalves dos Santos ficou conhecido como Skowa, que foi um apelido de escola, por causa do cabelo black-power da época.

No final dos anos 90, Skowa gravou dois discos com o Skowa e a Máfia, La Famiglia em 89, e Contraste e Movimento em 90.

A banda estourou com o hit 'Atropelamento e fuga' e depois com 'Amigo do amigo', que sairam no primeiro álbum, mas o segundo lançamento foi um fracasso e a banda acabou.

Skowa já participou de discos do Jorge Ben, Maurício Pereira, e da trilha sonora do programa infantil 'Castelo Rá-Tim-Bum' e atualmente faz parte do Trio Mocotó.

Nos anos 90, Skowa resolveu criar o 'Grêmio Recreativo Amigos do Samba, Rock, Funk e Soul', com o objetivo de criar um espaço para os músicos amigos tocarem juntos apenas por diversão.

Mas sem demora, os discos com o Skowa e a Máfia seguem abaixo aqui no blogui.

1989 La Famiglia

1. Atropelamento e fuga
2. Atenção
3. Deus me faça funky
4. Assim passam as horas
5. Dance
6. Estação São Bento
7. Amigo do amigo
8. Tudo chato tudo errado
9. Balanço de proa
10. África Brasil

http://www.4shared.com/file/30026370/cdd9a1b4/1989_La_Famiglia.html

1990 Contraste e Movimento

1. África Brasil
2. Atitudes
3. Bastardo amor
4. Ana Lógica
5. High tadh high touch
6. Desabafo
7. Porto Príncipe
8. Urbi (Vitrine paulista)
9. Noturna
10. Coreografia
11. Fim do Mundo
12. Mutoto
13. Gosto demais
14. África Brasil 2

http://www.4shared.com/file/30372379/75137399/1990_Contraste_e_Movimento.html

11.19.2007

O DIABO VESTE PRAVDA

Pravda significa ‘a verdade’ e foi o nome de um jornal criado na Rússia, fundado por Leon Trotsky e destinado aos operários russos. Devido a perseguição política, o jornal mudou de nome algumas vezes, para Рабочая правда, Северная правда, Правда Труда, За правду, Пролетарская правда, Путь правды, Рабочий e Трудовая правда.

Mas peraí? O que é isso? Pode ser que exista uma versão em pdf do Pravda original. Mas eu acredito que não. Definitivamente, não.

Também existe um documentário dirigido pelo mestre Dziga Vertov, que conta a história da Revolução Russa através da ótica da construção de uma ferrovia e com isso focando o homem comum.

E também existem vodkas entre outros produtos com esse nome, até mesmo outros jornais com o mesmo nome da extinta edição russa.

Mas na verdade existe uma banda chamada Pravda. Mas peraí? Não é essa Pr4vd4, não. Essa banda é de Brasília e faz bastante sucesso misturando rock com Jorge Ben.

A banda já teve várias formações, mas Sylvio na guitarra e voz e Guga na bateria são da formação original. Outros integrantes já tocaram com o Pravda, como o guitarrista Kiko Perez, que depois foi para o Natiruts, e que gravou esse disco aqui. Esse disco teve a produção do finado Tom Capone.

Como bônus, segue também um disco lançado pelo programa de rádio da Cultura FM em Brasília. O Cult 22 gravou uma série de acústicos no estúdio da rádio, na década de 90, e essa série de programas recebeu o nome de UnCulted.

Um disco foi lançado com artistas da época, entre eles Maskavo Roots, ainda com a Joana Duáh nos vocais, Oz com o Marcelo Moçambique, Pravda com formação original e Low Dream, que é a única banda que não coloquei aqui no blogui porque não tenho o disco.

1995 !Pravda

1. Sangue bom
2. 66
3. Recreio dos Bandeirantes
4. Preto e branco
5. Sexo fácil
6. Jogo é jogo
7. O assalto
8. Morengueira contra 007
9. Sacanagem
10. Macho man

http://www.4shared.com/file/29334614/d2ead618/1995_Pravda.html

1996 UnCulted

1. 66 - Pravda
2. Preto e branco - Pravda
3. Jogo é jogo - Pravda
4. Acid trip smile - Low Dream
5. From The Ocean Inside Your Bewitc - Low Dream
6. Lose my dreams - Low Dream
7. Shine - Low Dream
8. Sangre de Dios - Oz
9. Posthumos - Oz
10. Space cake - Oz
11. Don’t need your money - Oz
12. Don Genaro - Maskavo Roots
13. Blond problem - Maskavo Roots
14. Chá preto - Maskavo Roots

http://www.4shared.com/file/29495968/704804b5/1996_UnCultedCapas.html

11.12.2007

NEGO DO CABELO DURO QUALÉ OZ PENTE QUE TE PENTEIA

Marcelo, vulgo Nego Moçambique, tocava numa banda chamada Oz, que não durou muito, mas fez bastante sucesso, gravou um disco e participou de uma coletânia com outras bandas da cidade, que gravaram um disco acústico para um programa de rádio bem popular na época.

Com o fim da banda, Marcelo virou o produtor musical Nego Moçambique, e já tem dois discos de música eletrônica gravados.

Para explicar melhor o que leva um cara, do hardcore à música eletrônica, o Eu Ovo entrevistou o Marcelão, vulgo Nego Moçambique.

Eu Ovo: Marcelo (Nego Moçambique) você tocou com a banda de hardcore OZ nos anos 90. Como que um cara que tocava hardcore pode passar a tocar música eletrônica?

Nego Moçambique: nao so eu, mas os caras da banda ouviam musica eletronica. o problema eh o que se convencionou a chamar de musica eletronica... por que ateh o sisters of mercy usava batera eletronica, nao sei se vc sabe. essa separacao que tem no brasil "como que um cara que tocava hardcore pode tocar musica eletronica?", bom isso nao existe fora daqui. tanta coisa era eletronica naquela epoca que eu nem consigo entender essa afirmacao. hip hop nao eh musica eletronica? eu uso o mesmo equipamento que os caras do rap usam pra fazer musica. vc tem que pesquisar melhor o assunto musica eletronica. eh amplo. e nao eh so musica de rave. young gods, primal scream, buttholesurfers, nine inch nails... bom, s o pra citar as mais obvias... se vc pesquisar...vai perceber que tem muita coisa...

EO: Como foram os anos 90 em Brasília? Quando só tinham bandas de garagem...

NM: bem, na epoca que vc diz que em brasilia so havia rock e bandas de garagem vc esta redondamente enganado. havia rap, havia dance music. vc nao sabia, mas muita gente ja fazia isso nessa epoca. muita gente ja tocava e gostava de musica eletronica. alias, nos anos 90 as bandas de harcore (nao era o caso do oz, nao era uma banda de hardcore, era so uma banda daqui qualquer) fora do brasil ja misturavam muita coisa.em brasilia, ja haviam grandes festas enquanto os rockeiros achavam que eram donos da cidade (pergunte para djs como isnt e the six). o pessoal do plano não sabia, rockeiros que vivam naquele papo fechado e preconceituoso de "brasilia eh a capital do rock". Pra eles era proibido qualquer outro tipo de musica: "marvin gaye? quem eh essa bicha? o que? o cara canta em falsete? eh viado!" Pior pra eles. Perderam uma decada de musica, a decada de 90, que foi produtiva em todas as direcoes.

EO: Como foi que rolou a sua saída do OZ e a mudança para a música eletrônica? Porque você saiu do hardcore para o eletrônico... Rolou algum preconceito? Da galera do 'rock'...

NM: Bom, nao foi uma grande mudanca: o que eu fiz foi trocar de interface. Antes eu tinha uma banda, agora eu sou a banda de um homem so. Faco todas as partes da musica. Preconceito ja rolava antes de eu sair da banda. De certa forma, essa visao que os rockeiros de brasilia tinham da musica, limitou demais o desenvolvimento de linguagens inovadoras. Mas rolava muito preconceito. Lembro de quando abriram a primeira casa forte de e-music de brasilia, o Wlod Club. Rockeiros antigos falavam super mal do lugar, enfim, acho que isso acontece sempre na historia. Eh difícil aceitar que todo seu esforco pra desenvolver algo, pode ser esmagado pelas novas geracoes, ideias. Mas nao acho que eh isso que acontece, acho que tudo pode ser somado. Ou simplesmente pode-se alcancar uma especializacao: por exemplo, quem gosta de metal, gosta de metal e pronto. Eu sou pela mistura, mas cada um eh um, mentes diferentes tem necessidades diferentes. Mas sem duvida, rolava um Preconceito pesado.

EO: Como foi que você virou DJ?

NM: nunca virei dj. nunca toquei um disco na vida.nunca! sou produtor musical, faco minhas musicas, canto, escrevo as letras. Nunca fui dj.

EO: Então, como foi que você começou musicalmente?

NM: antes de ter uma banda de "hardcore" (hahahahahaha, nao deixa o phu ler isso) eu tocava violoncelo na escola de musica. eu gostava de musica erudita. e de tudo que tocava nas radios na decada de 80. esse lance de oz so rolou, porque eu conhecia os caras do colegio. e eles me chamaram pra tocar. como você disse, o hobby do pessoal do plano era ter bandinha de garagem e nossa, como se levavam a serio!!!! antes disso, eu gostava de musica de radio, nao sabia a diferenca do "verdadeiro som underground" em relação ao som "comercial". eu so gostava de musica "ruim". e hoje, quando ouço varias bandas daquela epoca, nossa, acho muita coisa bem ruim. da vontade de rir. principalmente as bandas de brasilia, incluindo o oz. eu ja toquei em banda de reagge, banda de musica eletronica, banda de pagode, orquestra, fanfarra de colegio e tudo mais... e fui tocar "hardcore". e como nao pertenco a nada, hoje faco funk/ black music/ afrobeats eletronicos.

EO: Como você vê essa divulgação de discos pela internet? Você acha que prejudicam o artista?

NM: No meu caso nao, porque eu nao sou rico, nao sou da Warner, nao amasso cd pirata no centro de Sao Paulo com rolo compressor. Cd tinha que ser mais barato, estaria tudo resolvido. Noa eh digital? Porque não pode ser mais barato? Essa eh toda a questao da pirataria na minha humilde opniao. Sera que nos, vamos desistir mesmo dos objetos fisicos? Cd com encarte, esse tipo de coisa? Acho que eh uma questao de preco. Mas bom, voltando a sua pergunta, o artista pequeno, como eu, nao sai prejudicado, sai divulgado e revela seu verdaderio trabalho em shows. Ai da ateh pra tirar um troco. Mas eh um assunto dificl: tem gente que vive de direitos autorais. Nao so compositores mas, escritores por exemplo. Ainda nao surgiram soluções sobre esse assunto, direitos autorais e internet... por que as pessoas querem ler, ouvir, ver... mas os precos, principalmente aqui no nosso terceiro mundo sao inacessiveis pra maioria da populacao.

EO: Você tem planos para sua carreira? Quais são eles?

NM: Tocar bastante fora do Brasil. E principalmente, entrar na America Latina que eh nosso continente. Por exemplo, os musicos daqui, deveriam fazer um intercambio maior com os paises vizinhos. No so somos isolados deles, nao sabemos quais sao as novidades musicais por exemplo. E eh uma bobagem, estamos no mesmo continente. Entao, tenho feito um esforco para algo acontecer nesse sentido. Toquei no Chile recentemente e a recepcao foi otima. Vou tocar na Argentina agora. Nao podemos ficar inertes na América do Sul... por uma simples barreira de idiomas (uma barreira facilmente transponivel). Essa troca eh necessaria. O brasileiro escuta muito o que vem da Europa ou dos EUA. Mas tem muita coisa boa acontecendo debaixo do nosso nariz!

EO: Como foi técnicamente a produção desse novo álbum? Como você conseguiu reproduzir essa sonoridade? O disco parece ter sido feito nos anos 80... Foi algo que você buscou realmente?

NM:
eu cresci nos anos 80...hehehehe acho que foi bem natural porque os anos 80 foram uma epoca de ouro pro funk mezzo humano mezzo eletronico... e eu sou mezzo humano e mezzo eletronico. Entao, eu ouvi muito isso durante um tempo, porque eu queria fazer musica para os b-boys (na epoca, eu era um facinado por breakdance, assim como alguns caras sao viciados em futebol). Pode reparar que o disco eh bem organico... tem milhoes de solos essas coisas...a ultima musica eh um afrobeat.. tudo tocado saca? todas as linhas de baixo, teclados, pianos, sinths, orgaos... tocados no tecladao, eh claro... esse disco foi feito usando um equipamento bem simples (um sequencer hardware) e foi gravado num pc, na sala da casa de uma amiga. Depois levei a gravacao pra SP e finalizei la. Ai so foi mandar masterizar em Nova York e voila! Na real, o cd eh feito de faixas pra pista de danca. Nao deveria ser um album (uma vez que nao tem nenhum conceito envolvido). Creio que ele eh mais como uma compilacao de tres anos de trabalho. Sao as musicas que mais funcionavam na pista quando eu tocava. O ideia eh voce lancar singles, vinis pros djs... mas como isso nao existe por aqui, lancamos um álbum mesmo.

EO: Valeu Marcelo, pela entrevista...

NM: peace.paz. luz!
espero que tenha conseguido responder suas perguntas.
marcelao

2007 La Rumba Computer

1. Wake up for the music
2. Superluz (Sebo nas canelas)
3. Sex bomb
4. Dancingsubatomicmonkeyflava
5. She loves the superboogie (Melo do robozão)
6. Hold me
7. La rumba computer
8. El baby
9. Automatic love (Fonke musik)
10. Corazon
11. Da luv iz a bomb
12. Whatchagonnado
13. Afrikana

http://www.4shared.com/file/28848185/4526d39d/2007_La_Rumba_Computer.html

2003 Nego Moçambique

1. Ascenção
2. Um funk tropical
3. Fluxo ancestral
4. África ensolarada
5. A batida da rua
6. Um jardim no plexo solar
7. Bianca sabe dançar
8. Gil para b-boys
9. No ritmo do funk!

http://www.4shared.com/file/28842736/54ebc73a/2003_Nego_Moambique.html

1995 Sangre de Dios

1. Sky of potato chips
2. Dinossaur’s night
3. Snow man
4. Turkey buzzard
5. The boy with a blue brain
6. Burn
7. So long (little glue)
8. Blinded
9. Get up
10. Jack
11. Space cake
12. Très bien mon ami
13. A man is a man
14. Walk like an egyptian
15. King Gargoola
16. Whale's Song
17. Mama Jama
18. Machine
19. Bomb
20. The number 6
21. Sangre de Dios
22. The noise

http://www.4shared.com/file/28832185/98bbefe9/1995_Sangre_de_Dios.html

11.05.2007

SUB-RAÇA É A PUTAQUEOPARIU

Alexandre Tadeu é o nome de batismo de X do Câmbio Negro, que sai todo dia de sua quebrada, a Ceilândia, e vai trabalhar como encarregado da manutenção de um edifício no bairro de Águas Claras. Segundo o próprio rapper, o Câmbio Negro acabou mesmo e ele não tem saudade nenhuma da época de turnês pelo país. Para ele a vida com a pessoas que realmente importam é melhor que uma carreira musical sem os parentes e amigos por perto.

A verdade é que X largou tudo para conviver com seus filhos e sua esposa, mas não deixou a música totalmente de lado. Ele gravou um disco solo produzido pelo DJ Marcelinho, que fazia parte do Câmbio Negro no início. No disco solo, X anuncia que a era do Câmbio Negro acabou e que inicia agora a dinastia X. O Câmbio Negro gravou três discos, o primeiro tornou-se clássico por causa do vigor e da força com que se apresentava, o segundo trouxe o fim da parceria Jamaica e X, e o terceiro disco trazia X com uma banda paulistana, e quase não parecia um disco de rap.

As rimas de X são auto-biográficas, onde ele remete ao fim de grandes amizades, preconceitos e temas atuais. O disco novo foi muito bem produzido e traz um X maduro e consciente das escolhas que fez.

2002 Um Homem Só

1. Supersommaster FM
2. Quem é você
3. Capital da Esperança
4. Só mais um dia
5. Um homem só
6. Aprender a votar
7. Autobiografia
8. Casa grande senzala
9. Auto-estima
10. Violência gratuita
11. Cidadania
12. Só mais um dia (Versão acústica)
13. Agradecimentos

http://www.4shared.com/file/28048836/dc59e20e/2001_Um_Homem_S__X_.html

1998 Câmbio Negro

1. Círculo vicioso
2. Esse é o meu país
3. Um tipo acima de qualquer suspeita (Manicômio mix)
4. Câmbio Negro vs TC Izlam
5. Câmbio Negro
6. Respire por alguns segundos
7. Pega a manha
8. Um tipo acima de qualquer suspeita
9. Não confie sem ninguém
10. Necronomicom

http://www.4shared.com/file/28046173/27519f39/1998_Cmbio_Negro.html

1995 Diário de um Feto

1. Introdução
2. A volta
3. Ceilândia revanche do gueto
4. Funeral
5. A profecia
6. Auto-estima
7. Os escroques
8. Boicote
9. Diário de um feto
10. Motivos pra ter medo
11. A idéia

http://www.4shared.com/file/27981775/43dfb227/1995_Dirio_de_Um_Feto.html

1993 Sub-Raça

1. Introdução (Banda)
2. Careca sim e daí
3. Que irmão é você
4. Que irmão é você (Banda)
5. Que se F... vocês
6. Bala perdida
7. X sem Ana
8. X sem Ana (Banda)
9. Não somos santos
10. Cadáver ambulante
11. Não pare
12. Dê-nos ouvidos
13. Sub-raça
14. Sub-raça (Banda)
15. Minutos de sabedoria (Banda)

http://www.4shared.com/file/28058509/527316bf/1998Sub-Raca.html