1.26.2014

A SONORIDADE UNIVERSAL DA ALÁFIA

A banda 'Aláfia' mistura elementos tradicionais do batuque de matriz africana com o samba enredo e o baile black.


'Aláfia' tem vários significados em yorubá e outros dialetos da umbanda, mas também serve para nomear a banda de inúmeros integrantes, que fazem um som que vai desde os bailes blacks aos ensaios de escolas de samba e terreiros de candomblé.

Formada em São Paulo por Jairo Pereira (voz), Eduardo Brechó (voz e guitarra), Xênia França (voz), Lucas Cirillo (gaita), Filipe Gomes (bateria), Alysson Bruno (percussão), Gabriel Catanzaro (baixo), Pipo Pegoraro (guitarra), Gil Duarte (trombone) e Fernando TRZ (teclados), a 'Aláfia' lançou o primeiro álbum em 2013, auto-intitulado.

Com participações especiais de Luciana Oliveira, Rafa Barreto, 'Quarteto Alma Negras', Raphão Allafin, Lurdez da Luz, Akins Kintê e Lews Barbosa, o grupo 'Aláfia' apresenta um samba-funk-de-terreiro.

A banda 'Aláfia' apresenta uma boa mistura de batuque com hip-hop, do samba com o pop, do analógico ao digital, dos anos 80 aos anos 2.000.

2013 Aláfia

1. Mulher da Costa
2. Ela é favela
3. O homem que virou música
4. Kwalé ki pá (baile black)
5. Mais tarde
6. Em punga
7. O dono da minha cabeça
8. Pura
9. Chicabum
10. Dara Dara (para Caetano)
11. Pera lá 

1.19.2014

VOCÊ COM CERTEZA JÁ CONHECE O ZÉ VITO

O guitarrista Victor Gottardi lança primeiro disco solo e se transforma em Zé Vito para cantar as belas crônicas urbanas ambientadas no Rio de Janeiro.


José Victor Gottardi é mais conhecido como Victor Gottardi, e os amigos o chamam apenas de Vitinho. Porém, ele está prestes a ficar também conhecido com Zé Vito, como foi que assinou o novo álbum solo, 'Já Carregou'.

Por isso, a partir de agora vou me referir a ele como Zé Vito, porque ele mesmo explica que ao imaginar o nome “Victor Gottardi" na capa de um disco tinha a impressão de um cantor de “churrascaria italiana”. “Zé Vito é mais simples, mais fácil. É um personagem novo que sou eu ao mesmo tempo”, confirma.

Zé Vito aproveitou o hiato com a banda 'Sobrado 112', para tocar outros projetos, como a própria 'Abayomy Afrobeat Orquestra' (na qual também fazem parte todos integrantes da própria 'Sobrado 112'), na banda 'Let's Play That' (que acompanha Jards Macalé) e também acompanhar ao vivo o cantor Alvinho Lancelotti. E lançou agora esse material solo. “Senti necessidade de me expressar individualmente, sem fazer parte da engrenagem de uma banda”.

O álbum foi gravado nas casas dos amigos (Bruno Barbosa e Maurício Calmon), com Zé Vito tocando guitarra, cantando e tocando bateria em três faixas ('Já carregou', 'Atriz' e 'João Benedito'). Maurício Calmon tocou bateria em 'Juízo' e Thomas Harres no restante do disco. Donatinho tocou todos os teclados e Pedro Dantas os baixos, com exceção das canções 'João Benedito' e 'Já carregou', que contaram com o baixo de Bruno Barbosa.

A faixa título também tem vocais adicionais de Eduardo Brechó e solos de guitarras de Pedro Costa e Bruno Giorgi, que também gravou trompete, teclado e vozes em outras canções e co-produziu o álbum junto com Zé Vito e Pedro Costa – que também tocou guitarra em outras faixas. Thiago Queiroz tocou saxofone em 'Chuva'.

Não existe um fio condutor para o álbum, visto que é uma obra de belas canções compostas entre 2011 e 2013. “Sempre tive vontade de fazer um álbum solo”, emenda Vito, que nunca se sentiu preparado para se expressar num trabalho solo. “Você tem que estar muito seguro e certo do que quer”.

Segundo Vito, as canções são um tanto pessoais e sempre têm sempre um lado verídico. “É um disco que reúne coisas que eu fiz anos atrás, e coisas recentes que eu vivia. A musica 'Chuva' eu fiz quando o Túnel Rebouças caiu... Uma vez que teve uma chuva fodida aqui no Rio... A cidade parou...”, conclui.

O próprio Vito avisa que os shows com a banda serão com um quinteto e se depender dos ensaios, tudo vai ficar muito rock and roll. “Eu na guitarra e voz, Donatinho nos teclados, Pedro Costa na guitarra, Maurício Calmon na bateria e Bruno Barbosa no baixo”.

Com canções compostas em parcerias com Eduardo Brechó, Pedro Dantas, Bruno Barbosa e principalmente com Matheus Silva, amigo de longa data de Vito, arquiteto e exímio letrista. O álbum 'Já Carregou' é um apanhado de diversos momentos na vida desse novo grande cantor.

Uma perfeita crônica cotidiana da cidade onde vivem todos os atores desse projeto. Parabéns “Zé Vito e Seus Gottardis”!

2014 Já Carregou

1. Já carregou
2. Segue o fluxo
3. Atriz
4. Lady não
5. Juízo
6. Diplomático
7. Chuva
8. Bill
9. 5 pra 1
10. João Benedito

1.12.2014

A BOSSA PUNK DA MADAME RROSE SÉLAVY

O cenário musical de Belo Horizonte apresenta surpresa e diversidade em cada esquina, com bandas como 'Madame Rrose Sélavy'.



A banda 'Madame Rrose Sélavy' faz um som experimental sincopado com letras sagazes e canções performáticas. O grupo é formado por Alex Pix na guitarra, Lacerda Jr. nas guitarras e teclados, Rodoxter Woorooboo na bateria, Ana Mo nos vocais e TucA também nos vocais e programações e samplers, criando um som que eles mesmos definem como “electro frevo bossa punk”.

O primeiro disco da banda foi lançado em 2009 sob o título 'Duchamp: C'est la Vie', como um quarteto – as baterias eram programações eletrônicas e samplers – seguido pelo álbum '10' em 2010, e depois por 'Dê nome aos Beuys!' em 2011. Tudo devidamente gravado no velho esquema “faça você mesmo”, numa mesa de quatro canais dentro de um quartinho nos fundos da casa etc e tal.

Em 2012 a banda se dedicou ao projeto 'Jass', uma trilogia gravada de forma emergêncial com participação de vários músicos da cena musical da capital de Minas Gerais. O 'Jass Vol. 1' apresentou colaborações de Andrés Shaffer (do 'Player2') e Luiz Gabriel Lopes (da banda 'Graveola e o Lixo Polifônico), enquanto o 'Vol. 3' mostrou a diversidade atual do cenário Belo Horizontino com gente como Porquinho (das bandas 'UDR', 'Grupo Porco de Grindcore Interpretativo' e 'Fadarobocoptubarão'), Raul Costa (do Retrigger), das bandas 'Ü' e 'Videotroma' e do mesmo Andrés Shaffer.

O ano passado, 2013, serviu para a banda consolidar a nova formação em quinteto, com a entrada do baterista Woorooboo, com o lançamento do 'Bootleg do Inferninho', gravado ao vivo no primeiro show ao vivo com o novo integrante. Esse show já dava mostras do novo caminho que o grupo seguia ao executar as mesmas canções com arranjos mais melódicos e mesmo assim ainda bastante experimentais.

Prova disso é o novo álbum, lançado no primeiro de janeiro de 2014, 'Bossa Punk', com nova roupagem para canções antigas e algumas pérolas inéditas. A opção dos arranjos de violão, vozes e bases eletrônicas serviu para apresentar as canções em estado bruto, da forma como foram concebidas – por isso mesmo a banda incluiu um cd extra com as versões demos das mesmas faixas.

A banda 'Mme Rrose Sélavy' faz uma homenagem ao artista Marcel Duchamp, através da ironia e deboche, que permearam a obra deste pintor, poeta e escultor. Um som que mescla programações e bases eletrônicas com poesia punk e bossa nova, num resultado instigante.

2014 Bossa Punk

1. Monalisa de bigode
2. Amanheceu o dia
3. Só você não vê
4. Moça da novela
5. Ninguém
6. Bem vindo
7. Bomba
8. Despacho (instrumental)
9. Só um beijo
10. Ônibus lotado
11. Atriz na high society
12. Mundo livre
13. Sujou meu nome
14. Vida açucarina
15. Bulimia
16. No banco perto de casa (instrumental)


2013 Bootleg do Inferninho

1. Atriz na high society
2. Ônibus lotado
3. Bulimia
4. Ninguém
5. Canção que ninguém canta
6. Eterno retorno
7. Dia de cão
8. Roda de bicicleta
9. Bomba
10. Merda pela grama
11. Deixe os remédios
12. Inteligência artificial


2012 Jass Vol. 3


1. De azul para cinza (ft. Porquinho)
2. Canção que ninguém canta
3. Punk magro (ft. Videotroma)
4. Sem a câmera escondida (ft. Ü)
5. Clichês (ft. Andrés Schaffer)
6. Apenas mais um morto (ft. Porquinho)
7. Guitarrada Super Máquina
8. Arte berrada (ft. Videotroma)
9. Incertezas (ft. Andrés Schaffer)
10. Olho de bandido (feat. Ü)
11. Saco plástico (ft. Porquinho)
12. Um bolo
13. O grande fingidor (ft. Retrigger)


2012 Jass Vol. 2

1. Eterno retorno
2. Bem vindo
3. Inteligência artificial
4. Cabelo branco
5. Filme antigo
6. Meu obituário
7. Ônibus lotado
8. Mente sem conforto
9. Pior brinquedo
10. Não me diga a verdade
11. Negligente
12. Morte tranquila


2012 Jass Vol. 1

1. No dia que morremos (ft. Luiz Gabriel Lopes)
2. Algo dito (ft. Andrés Schaffer)
3. Diabo teu (ft. Luiz Gabriel Lopes)
4. A caixa (ft. Andrés Schaffer)
5. O céu cegou seu olho (ft. Luiz Gabriel Lopes)
6. Bomba (ft. Andrés Schaffer)
7. Morto (ft. Andrés Schaffer)
8. Vida criminosa (ft. Andrés Schaffer)
9. Estrada (ft. Andrés Schaffer)
10. Perfume (ft. Andrés Schaffer)
11. Anônimo (ft. Andrés Schaffer)
12. Vermelho (ft. Andrés Schaffer)


2011 Dê Nome aos Beuys!

1. Só um beijo
2. Vida açucarina
3. Footing dos mortos
4. Meu coração partido
5. Seja você
6. Grupo de risco
7. Sou faminto
8. Meio perdido
9. Sinal de amor
10. Fim de jogo
11. Quando fumo
12. Lírios secos


2010 10

1. Bulimia
2. Quis ser você
3. Deixe os remédios
4. Gripe suína
5. Festinha
6. Sujou meu nome
7. Anabolizante
8. Amanheceu o dia
9. O que penso
10. Cure 138 bpm


2009 Duchamp: C'est la Vie

1. Na madrugada de abril
2. Moça da novela
3. O mesmo sonho
4. Monalisa de bigode
5. Caixa-valise
6. Meu bem
7. Nu descendo uma escada
8. Só você não vê
9. O gás de iluminação
10. O grande vidro
11. Aos diabos
12. Roda de bicicleta
13. Calça de veludo
14. A noiva despida
15. Oxalá
16. Duchamp c'est la vie